segunda-feira, 22 de abril de 2013

Solitude


    Genuína, choro de medo de nunca deixar de ser só. Defronte a uma folha em branco, esboço vontades, descubro desejos, invento uma velharia, crio esquisitices, me deparo ainda com algumas dúvidas.
         
Vejo o que mora dentro de mim - adormecido - .

     Tudo sufoca, esgotam-se as palavras. É como se me houvesse um verme dentro, comendo toda a polpa e tenho de degustar amargamente cada um destes segundos até que se chegue ao fim.
     Já no fim, a folha se preenche de tudo o que me excede, fico oca e saiu em passos soltos junto aos sentimentos outros que vagam por aí.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desritimia

No compasso da dança
O descompasso da vida
O ritmo que sempre alcança
O canto da roda viva
Tudo se inverte
O nada avança
O vazio vence
Fim da linha.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Querer é só o verbo Me faço sujeito Teu


Vem aqui e me abraça
me cala

me conjuga nesse verbo
de gostar

amor que não foi
ainda
me conjuga no teu verbo
de amar?

Desencanto meus sentidos


apoio
num sonho de menina

seguro
 numa ponta de ilusão

crio
 em mim uma sina

só alcanço
solidão