segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dos extremos que padeço
Um descuido e me acabo
Mas logo recomeço

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Os causos de Dona Zilah

Me disseram que o amor não existe e que os sonhos estão fora de moda. Abriram um buraco bem grande e tentaram enterrar os meus desejos, como fizeram com os seus. Mas eu, menina teimosa, não acreditei e sem perder a vontade de antes, insisto. Aprendi com a Dona Zilah, que a vida, apesar de bruta, é mágica. Dá sempre pra tirar uma carta da manga. E minhas tentativas, vezes meio cegas, vezes meio burras e sem me preocupar se a próxima etapa vai ser o tombo ou o voo. Eu sei que vou. O que não dá é pra acreditar nesse bobagem que disseram. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu invento um arco-íris.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sem inspiração



Nua ideia
Vários remédios contra o mal - de amores -
Lua nova
E digo que a culpa é dela - da lua -
Ela sabe
É como se tivesse chovido
Só ensaio
E os detalhes do que não aconteceu
Mero rascunho

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Retrato falado


Ela é menina cortês
de olhos polidos
e um sorriso solto

Jeitinho acanhado
de quando em vez calado
Quase que sem saber

Vou fazer um pedido ao tempo
que me guarde o sentimento
de pra sempre te querer


De sarro, riso e cigarro

Não é dia, nem é data
Não é era, nem etapa
Não é fase, nem ensejo
Não é momento, nem tão puco ocasião...

É tempo!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Curiosidade de coração

Uma pitada de loucura
Que se chama fantasia.
Dizeres bem baixos
Que só a noite escuta.
Incertezas que guardo
Em caixa vazia.

Cantos de encantos

O canto que mais gosto.
Nele guardo cada gosto meu e
Quando me recordo... canto

O canto que mais gosto
Muda a cada encanto
Agora sento e canto.
Agora canto e gosto.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Solitude


    Genuína, choro de medo de nunca deixar de ser só. Defronte a uma folha em branco, esboço vontades, descubro desejos, invento uma velharia, crio esquisitices, me deparo ainda com algumas dúvidas.
         
Vejo o que mora dentro de mim - adormecido - .

     Tudo sufoca, esgotam-se as palavras. É como se me houvesse um verme dentro, comendo toda a polpa e tenho de degustar amargamente cada um destes segundos até que se chegue ao fim.
     Já no fim, a folha se preenche de tudo o que me excede, fico oca e saiu em passos soltos junto aos sentimentos outros que vagam por aí.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desritimia

No compasso da dança
O descompasso da vida
O ritmo que sempre alcança
O canto da roda viva
Tudo se inverte
O nada avança
O vazio vence
Fim da linha.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Querer é só o verbo Me faço sujeito Teu


Vem aqui e me abraça
me cala

me conjuga nesse verbo
de gostar

amor que não foi
ainda
me conjuga no teu verbo
de amar?

Desencanto meus sentidos


apoio
num sonho de menina

seguro
 numa ponta de ilusão

crio
 em mim uma sina

só alcanço
solidão